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Sobre Ana Lee

Sobre Ana Lee

Elogiada como cantora de voz pura e cristalina, a cantora e compositora Ana Lee lançou três álbuns de música brasileira muito bem recebidos pela crítica especializada.

Daniella Thompson, pesquisadora norte americana, por exemplo, já disse em seu site Daniella Thompson – Brasil | Música Brasiliensi, acerca do primeiro álbum de Ana: 
“Sua voz cativa desde a primeira nota. No vasto panteão das divas brasileiras, apenas Gal Costa teve um efeito semelhante em mim. A voz de Ana Lee é clara e doce, delicada e sedutora, afinada e envolvente ao mesmo tempo.
Tão afinada quanto a voz são os instintos da cantora na seleção de seu repertório. Em seu CD de estreia, ela optou por não repetir o óbvio ou se apegar à escuta fácil. Em vez disso, Ana Lee apresenta novas composições de talentosos compositores paulistas contemporâneos cujo trabalho é entrelaçado com poesia ou comentários sociais penetrantes, e cujas canções de amor são maduramente contemplativas.”

Segundo a própria intérprete:
São todos álbuns de repertórios originais, autênticos, existenciais, que refletem estados d’ alma.
Como exemplos poderiam ser citados recortes nas canções:

O que Será – à Flor da Pele, de Chico Buarque : “O que será que me dá, que me bole por dentro, será que me dá… que nem dez mandamentos vão conciliar, nem todos os unguentos vão aliviar, que nem todo quebranto, toda alquimia, que nem todos os santos, será que será… o que não tem limite/ o que não tem receita / o que não tem juízo.”

Virtual, de José Miguel Wisnik e Alice Ruiz “Se existiu eu já nem sei… se foi real ou viajei… se foi o meu desejo que viu e eu não vejo… eu te inventei?”

Xote de Navegação (Dominguinhos e Chico Buarque) … Com o nome paciência vai a minha embarcação pendulando com o tempo e tendo igual destinação… pra quem anda na barcaça tudo tudo passa, só o tempo não”…

Labirinto Azul (Lincoln Antonio e Walter Garcia): Madrugada, pedra escura, alvorada azul/ Sem caminho certo/ Mar sem fim/ Mar azul.

Minha Ciranda (Ozias Stafuzza): Minha ciranda eu canto pra quem tem saudade do amor que não vai se acabar/ Não sei se a onda levou ou se virou um tesouro escondido no fundo do mar.

Diz Ana:
“A música tem o poder de tocar a alma de quem a ouve instantaneamente. Comunica, vibra, faz ressoar, reverbera, de Ser para Ser. Transformando estados de espírito, contribuindo para uma vida mais bela, sensível, transmitindo saberes.

Lembro a inspiração que trazem as palavras que o mestre Paulinho da Viola canta, como estas: “faça como um velho marinheiro, que durante o nevoeiro, toca o barco devagar”. Ou o mestre Gil em quase todas as suas canções… ficando nestes dois só para não me alongar mais”.

“Minhas influências são muitas, brasileiras, da linhagem de Tom Jobim, Chico Buarque, Vinícius de Morais, Caetano Veloso, Gilberto Gil, João Gilberto, Paulinho da Viola, Edu Lobo, Dorival Caymmi, Ivan Lins, Djavan, Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, 14 Bis, A Cor do Som, MPB4, Boca Livre, Sá e Guarabyra, Renato Teixeira… Sem falar nas cantoras Maria Bethânia, Gal Costa, Nana Caymmi, Elis Regina, Joyce, Jane Duboc, Zizi Possi, tantos e tantas outras! Afluentes que vieram antes de mim, aos quais amorosamente me fundo, ao lado de outros tantos no imenso oceano musical brasileiro. E lembrando a sabedoria de Paulinho da Viola mais uma vez … não vivo no passado. O passado vive em mim. Que lindo! Quanta beleza há nessa nossa matriz musical. É esta a trilha que sigo”.

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